-
A lata branca da Coca-Cola
E a famigerada lata branca da Coca-Cola continua dando o que falar. Planejada para fazer parte de uma promoção que une consciência ambiental sobre o risco de extinção dos ursos polares e ajuda financeira para a organização World Wide Fund – WWF (a própria The Coca-Cola Company fez um donativo inicial de USD 2 milhões), a embalagem branca aparentemente não caiu no gosto dos consumidores conforme informações em sites (1, 2, 3). Apesar da companhia não propagar informações oficiais sobre o caso, fato é que as embalagens estão sendo trocadas por versões na cor clássica – vermelha – e, ao que tudo indica, a percepção negativa com a mudança de cor falou mais alto. Toda prática que implica na mudança de elementos semióticos (estímulos) de identificação da marca/produto com a cognição inicial possui risco de rejeição (a própria Coca-Cola já vivenciou episódios negativos quando lançou a New Coke em 1985) que são estudados pelas ciências da comunicação nos modelos semiótico – O modelo semiótico de comunicação é aquele em que a ênfase é colocada na criação dos significados e na formação das mensagens a transmitir. Do ponto de vista prático, além da rejeição à nova embalagem, houveram relatos de confusão com o produto Diet da mesma empresa. A marca Coca-Cola e todos os aspectos que a cercam estabeleceram ao longo do tempo uma simbiose com o país de origem, fazendo dos consumidores coadjuvantes na história do produto e é essa relação que se quebra quando elementos típicos são alterados. Em casos como esse, é possível ser utilizado displays específicos com muita comunicação no ponto de venda para que a confusão não ocorra e seja imediatamente sanada, ressaltando o caráter da promoção ambiental em conjunto com a WWF.
Comentários
Não existe nenhum comentário, então seja o primeiro!